terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Entrevista Com a Banda Coldblood

Saudações Guerreiros Noturnos! Nesta Ultima Quarta Feira dia 18 de Janeiro de 2012 o Blog Polêmico Rock Realizou uma Entrevista Com a Banda Coldblood e Estou Postando a Entrevista Aqui Para Vocês Conhecerem um Pouco Mais Sobre essa Lendária Banda do Underground Brasileiro! eu Mesmo Gostaria de Ter Feito a Entrevista, mas Iria Demorar Muito e eu Queria Postar Rápido, Então Vou Deixar Pra Entrevistar na Próxima...



Polêmico Rock - Olá pessoal do Coldblood, é um grande prazer tê-los aqui. Para iniciarmos o nosso bate papo, comece falando um pouco sobre a história e o objetivo da banda.

Mkult – Nós é que agradecemos pela oportunidade, será um prazer! A banda foi formada em 1992 mais precisamente em Janeiro de 92. Começamos como power-trio, eu na bateria, Alan Silva (guitarra/vocal) e Vitor Esteves (baixo), Gravamos nossa primeira Demo “Terror Stench” em Setembro do mesmo ano e seguimos com as apresentações dentro e fora do Rio de Janeiro, na época junto as bandas Sextrash,Loucyfer, Expulser, entre outras. Após esse período a banda deu uma longa pausa e só retornamos em 2000 para gravação da nossa segunda Demo “...And It Comes The Winter”. Algumas apresentações foram realizadas para divulgação desse material mas logo em seguida a banda deu outra pausa. No ano de 2005 após um reunião entre eu, Alan Silva e Viitor Esteves (os membros originais) resolvemos voltar com a banda e gravamos nossa terceira Demo “Reicarnating A New Black God”. Com essa Demo conseguimos nosso primeiro contrato” com o selo mexicano Onslaught Rec. para o lançamento do nosso debut-album “Under The Blade I Die”. Após o lançamento em 2007, realizamos algumas apresentações uma delas ao lado do Cannibal Corpse, mas logo depois Alan Silva resolveu - por problemas pessoais e profisionais - deixar a banda, continuando eu e Vitor Esteves. Com a saída do Alan S. decidimos colocar dois guitarristas na banda, mas como na época não havíamos encontrado ainda os substitutos, Vitor Esteves se juntou ao Mysteriis/Darkest Hate Warfront e eu fui tocar com o Unearthly. A busca para preencher a vaga deixada pelo Alan S. continuava até que em 2009 sugiram Artur Círio (Guitarra/Vocal) e Julio Cesar (guitarra). Com a banda reformulada seguimos com a divulgação do debut-álbum “Under The Blade I Die” na ocasião dividindo o palco com as bandas Master e Onslaught. Após esses shows Vitor Esteves também por problemas pessoais e profissionais deixou banda restando somente eu da formação original. Como isso aconteceu a poucas semanas da nossa primeira turnê, não tivemos tempo de procurar um novo baixista então Julio Cesar (guitarra) assumiu o baixo e seguimos a “Under The South American Tour I Die 2010” como power-trio. Foram 18 apresentações por países como Equador, Peru e Bolívia. Na volta desta turnê, procuramos um novo baixista até que encontramos o Alex Kafer (Mysteriis,Enterro, ex - Darkest Hate Warfront e Matanza). Começamos a escrever coisas novas até que em 2011 soltamos o novo single “The Other Gods” e posteriormente lançamos o EP de mesmo nome. Então, hoje a banda está comigo na bateria, Artur Círio (guitarra e vocal), Júlio César (Guitarra) e Alex Kafer (baixo). O objetivo sempre foi tocar Death Metal, e junto a outras bandas daqui, representar o Brasil no estilo.

Polêmico Rock - Vocês executam basicamente um Death Metal tradicional. Quais os elementos e/ou bandas que os influenciaram?

Mkult - Buscamos nossa inspiração na atmosfera da velha escola, naturalmente que ouvimos as bandas clássicas como Morbid Angel, Deicide, Bolt Thrower,Death, Unleashed, Master, etc. Mas as procuramos manter nossa própria identidade e personalidade.

Polêmico Rock - Vocês lançaram o “Under The Blade I die” em 2007, e temos o EP “The Other Gods” agora, não é isso? Comente um pouco sobre este lançamento, e o que podemos esperar de novo nele com relação ao “Under The Blade I Die” de 2007.

Mkult - Quando estávamos em turnê sulamericana em 2010 divulgando o "Under The Blade I Die" mais precisamente em La Paz, na Bolívia, começamos a conversar sobre um novo lançamento até que chegamos a idéia do Ep "The Other Gods". Tínhamos nove composições novas a disposição, escolhemos quatro para o audio do EP, e uma em video ao vivo em Chiclayo-Peru durante a turnê. Junto as músicas inéditas tivemos a idéia de disponibilizar as três primeiras Demos como bônus, já que o material estava programado para ser lançado no aniversário de 20 anos da banda. A Arte foi assinada por Gustavo Sazes (Morbid Angel, Arch Enemy, Nightrage,Old Man’s Child). A produção ficou a cargo de Flávio Pascarillo (HR Estudio) e da própria banda. O lançamento foi feito em uma parceria entre três selos: Metalkult Rec. Distro Rock Rec. e Attitude Headbanger’s House Rec., e já pode ser encontrado nas lojas ou com a própria banda nos shows ou pelo correio. De novo em relação ao "Under The Blade I Die" além da formação e das músicas obviamente você poderá perceber uma banda revigorada e com muito gás pra gastar. Se está melhor ou pior só as outras pessoas poderão dizer.

Polêmico Rock - Apesar do lançamento de “The Other Gods” em breve, vou arriscar a fazer uma outra pergunta: vocês já estão pensando em um full-lenght? Digo, o “The Other Gods” seria um pré-disco do full, se é que posso falar desta forma, ou vocês ainda pretendem excursionar e digerir outras atividades antes de pensar em um full-lenght?

Mkult - Boa pergunta. Este Ep veio para apresentar esta “nova” formação, já que estamos juntos desde 2009 e ainda não tínhamos lançado nada novo. Faremos algumas apresentações aqui pelo Brasil até o meio do ano para divulgar o material e em junho/julho entraremos novamente em estúdio para gravar nosso próximo full-length. Já temos sete músicas prontas, algumas totalmente novas e outras que ficaram de fora do Ep "The Other Gods". Teremos mais novidades em breve.

Polêmico Rock - Como funciona o processo de composição das músicas? Tudo acontece de uma forma natural nos ensaios, ou alguém em específico é responsável pela composição?


Mkult - Nós nos reunimos para compôr (tiramos dois dias da semana para isso), e tem funcionado bem. Depois vamos para o estúdio executar as idéias e acertar os arranjos. Todos colaboram com idéias mas atualmente eu e o Artur Círio somos os principais compositores da banda

Polêmico Rock - E com relação a composição das letras, como funciona? Quem as escreve?

Mkult - Para este Ep eu mesmo escrevi todas as letras.

Polêmico Rock - Me fale um pouco sobre a oscilação da carreira de vocês. Digo isso, pois há um espaçamento considerável entre as datas de lançamento dos EPs/Cds/Splits, então estou partindo do pressuposto que em alguns momentos a banda ficou “congelada”. Estou certo disso?

Mkult - Tivemos algumas pausas durante a trajetória da banda e com certeza isso atrapalhou bastante nosso crescimento, principalmente na década de 90 e devido a isso esses espaços grandes entre um laçamento e outro mas desde de 2009 temos trabalhado bastante, fizemos uma turnê sulamericana, lançamos um split e agora estamos com este Ep. Acredito que agora estamos com uma formação sólida e poderemos seguir em frente para mais 20 anos (risos).

Polêmico Rock - Como tem sido a aceitação das bandas por todos esses anos de carreira?

Mkult - Desde o início até os dias de hoje tudo que lançamos e fizemos foi bem aceito e recebeu boas críticas e isso principalmente pra mim que estou desde o início, nos motiva a continuar. Realmente gostamos do que fazemos e estamos entregues a isso.

Polêmico Rock - Vocês já excursionaram no exterior correto? Como foi a aceitação lá fora? Pretendem fazer isso novamente?

Mkult - Sim, em 2010 fizemos uma turnê Sulamericana batizada de “Under The South American Tour I Die 2010” e realmente ficamos surpreendidos com o que aconteceu por lá. Nos shows vimos pessoas cantando nossas músicas, mesmo sem ter um CD lançado nesses países (Equador, Peru e Bolívia), tivemos uma boa vendagem de nosso merchandise e todos nos trataram muito bem. Já recebemos muios convites para voltar e é claro que voltaremos, mas vamos preparar um novo álbum para isso e o momento chegará.

Polêmico Rock - Ainda falando em termos comparativos, eu acredito que a ferramenta ‘internet’ seja a diferença fundamental entre hoje e começo da década de 90. Do seu ponto de vista, a internet é uma ferramenta útil, ou você acha que ainda possui efeitos colaterais para as bandas?

Mkult - É útil, mas como você mesmo disse, tem seus efeitos colaterais dos quais todos conhecemos, mas fazer o que? Eu acredito que ajuda mais do que atrapalha. Então ...

Polêmico Rock - Para descontrair, me conte alguma cena bizarra ou engraçada que vocês presenciaram ou passaram como banda. Afinal, duas décadas de carreira, acredito que haja bastante história a ser contada ...

Mkult - Uma vez viajamos pela Bolívia pela Estrada da Morte, 25 horas de ônibus sem banheiro (risos), de Sucre até Santa Cruz De La Sierra. Precipícios eram nossas paisagens e foi muito tenso, principalmente a noite. E também o show de Lima-Peru que estava lotado e de tanto as pessoas agitarem os Pas quase caíram e a dona da casa mandou parar o show (risos). Tocamos somente seis músicas e paramos.

Polêmico Rock - Por favor, deixe uma mensagem para os fãs brasileiros, contatos para shows se desejarem, etc.

Mkult - Gostaria de agradecer a todos que nos apoiam e apoiaram durante todos esses anos, estamos de volta definitivamente que continuaremos até nossos corpos não aguentarem mais.

Polêmico Rock - Obrigado pela presença de vocês aqui, é realmente uma grande honra, e continuem devastando! Um grande abraço meus amigos! Horns!


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